domingo, 25 de outubro de 2009

FILHO (Ema Bessar Viana)

as palavras falam do inessencial.
não há porquê nem onde, quando ou como.
é no atemporal espaço horizontal dos abraços,
no sem-razão,
onde todo o nosso ser
objetualizável,
que sou você, meu filho,
carne estrangeira,
e habito o não-ser
que vai de mim para você.

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