Para os coiotes
olhos postos na luapasseava sonhos fabulosos
viagens intergalácticas
suaves voos de pássaros
braços de bem-amada
a inteiro envolver-me
num acalanto sem par
súbito
os olhos me vão
da lua ao chão
o pé direito
tenho-o imerso
em ignorada substância
de amarelo aspecto
pisei no cocô
pisei no cocô
e não sei que fazer
água por perto não vejo
não vejo pano ou sabão
com que me possa limpar
pisei no cocô
enquanto sonhava
pisei no cocô
e estava descalço
pisei no cocô
e não sei que fazer
amiga me diga
amputo este pé
ou pisando na merda
aprendo a viver?
Em atenção ao velho e querido amigo Ney.
ResponderExcluirEnfim revejo este poema! Sempre tenho dois-tres versos dele na lembrança. É assim como "o poeta é um fingidor.." ou: nunca conheci quem tivesse levado porrada"... ou ainda: "de tudo ao meu amor serei atento, antes"... Por aí.
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