boca desdentada
lírica flor do caos
preenche o ruído com teu silêncio
profundo
mastiga sonhos matinais
ri
leve
perene
transversal
dúctil
concede
recebe
beligera
depois gargalha abissal
deglute
digere
e excreta tua doce elegia
buraco negro ancestral
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