Indiferente
O gato
Melisma o silêncio
Reticencia o tempo
Agudiza o abismo
No mover-se
Seu olhar
Ri sinistro
Do estarmos
Entupidos de nada
E bastante comovidos
Indiferente
Seu dorso
Eriçado
Esfingia-se
Dócil e agressivo
Mas ainda
Indiferente
Seu rabo
Perscrutante
Conecta
Suprarrealidades
De borboleta e colibri
Indiferente
-
O gato
Melisma o silêncio
Reticencia o tempo
Agudiza o abismo
No mover-se
Indiferente
Seu olhar
Ri sinistro
Do estarmos
Entupidos de nada
E bastante comovidos
Indiferente
Seu dorso
Eriçado
Esfingia-se
Dócil e agressivo
Mas ainda
Indiferente
Seu rabo
Perscrutante
Conecta
Suprarrealidades
De borboleta e colibri
Indiferente
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Adorei o poema!!!!!!!!
ResponderExcluirBelas imagens....
ResponderExcluirLegal, Tércia e Daniel. Se agradou a vocês, é um excelente sinal.
ResponderExcluirTércia, seus gatos estão no poema.
E dizem que a indiferença não significa nada!
ResponderExcluirNão sabia deste espaço e fico muito feliz em descobri-lo!
Deve ser por tanto dizer a indiferença, que não suporto gatos. Exceto esse, que agora aprendi a ler. Muito interessante de sentir e, por que não, pensar?! Ah, sutil in-diferença! Valeu.
ResponderExcluirNo gato, o que vemos como indiferença, talvez não passe de auto-proteção. Vai ver não tem
ResponderExcluir- como o cão - estrutura emocional pra suportar a empáfia dos homens. O olhar é "sinistro" porque parece estar sempre dizendo: "eu pelo menos enterro meu cocô, e não estou disposto a dar uma só das minhas sete vidas a um reizinho de merda como você".
A cada verso um efeito estilístico diferente!
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