Sólidas pontes imateriais
Ergueram-se por sobre o oceano
Ligando dois povos que, de ano em ano,
Vão se tornando menos desiguais.
Uma mesma disposição os anima:
A de abolir relações verticais,
A de que entre homem e homem nunca mais
Viceje qualquer formação que oprima.
Do elevado propósito que os guia
Reúne-os igualmente a Fortaleza:
Ter em mira realizar algum dia,
Irmanado na língua portuguesa,
O quinto império de um povo-alegria
Que viva em plenitude a morabeza.
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terça-feira, 24 de agosto de 2010
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É... parece que vc transita confortável na Sonetude... rs Gosto sim, também deste. E morabeza, ou muito me engano ou tem tudo a ver com acolhida, hospitalidade, amor à bessa...
ResponderExcluiramor-beleza.
É isso, Crisca. Digo... quanto a morabeza. Uma palavra intraduzível do crioulo de lá, cujo significado atravessa tudo isto. Beijo.
ResponderExcluirLendo este poema, a lembrança 'apresentou-me' a imagem de Martin Luther King. Vi-o ontem, em imagens antigas, como representante de um dos heróis de nossos tempos.
ResponderExcluirLer pra mim sempre foi mágico por conta das conexões possíveis!
Este poema tem seu valor invariável e acrescento-lhe algo mais: proporcionou-me o conhecimento da palavra morabeza!